quinta-feira, 27 de junho de 2013

Figuras de linguagens

Metafora, Eufenismo, Ironia e Pleonasmo

Introdução
O estudo levado a efeito esclareceu-nos acerca dos dois tipos de linguagem: normal e a figurada. Entendemos que a linguagem normal é aquela desprovida de emoções ou sentimentos, não transmite vigor e beleza à comunicação. È a que se encontra nos livros técnicos e científicos. Já a linguagem figurada, além de vigor e beleza, transmite emoção, enriquecimento a comunicação. Encontra-se nos livros poéticos, nas crônicas, nos romances etc.
Mediante contraposição, vejamos a diferença entre os tipos de linguagem:
Linguagem Normal
Linguagem Figurada
Menina tímidaTarde tímida
Garoto alegraCasa alegre
A luz do solA luz da inteligência
As estrelas do céuAs estrelas do cinema
Linguagem normal é também conhecida por linguagem denotativa, objetiva. Já a linguagem figurada é conhecida por linguagem conotativa, subjetiva. O estudo sistematizado dela denomina-se Estilística. Os meios da Estilística são as figuras de linguagem ou figuras de estilo.
Figura de linguagem é qualquer desvio das normas gerais da linguagem.
Os autores consultados e seus livros encontram-se abaixo discriminados:
NOSSA GRAMÁTICA, de Luiz Antônio Sacconi.
NOVÍSSIMA GRAMÁTICA, de Domingos Paschoal Cegalla.
GRAMÁTICA DA LÍNGUA PORTUGUESA, de Ceelso Ferreira da Cunha.
PORTUGUÊS PARA O ENSINO MÉDIO, de José de Nicola e Ernani Terra.
Estabelecemos, de início, a comparação esntre os autores citados, já que dela emana a compreensão última do que foi pedido, além, sem dúvida alguma, de exercermos uma visão abrangente, particularizada e analítica dos conceitos: Metáfora, Pleonasmo, Eufenismo e Ironia. Os comentários poderão ser apreciados na estrutura do trabalho denominada Desenvolvimento.

Desenvolvimento
Tanto ou quanto pudemos observar, em linhas estruturais básicas o estudo de Figuras de Linguagem levado a efeito pelos autores mencionados na Introdução encontram-se em nível correspondente. O desnível analítico ocorreu quando Luiz Antônio Sacconi enquadra Sisnestesia n o âmbito da Metáfora, o que, para os demais autores, encontram-se sob outra esfera analítica. No geral, encaminham-se na direção da concordância gramatical, discordando apenas na esfera interpretativa. Sacconi engloba na esfera da Metáfora, como foi dito, a Sinestesia, por considerar a Metáfora um desvio da significação própria de uma palavra, enquadrando a Sinestesia segundo este modo de ver, já que ela é o cruzamento de duas ou mais sensações distintas ou a atribuição a uma coissa da qualidade que lhe é incompatível. Exemplifiquemos:
A eternidade é um oceano é um oceano sem praias. ( Metáfora pura e simples, já que empresta ao vocábulo eternidade a dimensão de "oceano sem praias" )
Ao cruzar-se com Denise, nossos olhos Trocaram pensamentos.
Grito áspero. ( Grito: sensação auditiva; áspero: sensação tátil ).
No segundo exemplo, observa-se que fica atribuído aos olhos a qualidade de pensar, o que, evidentemente, é atribuído ao cérebro, mas que a forma de olhar transmite fielmente o que o indivíduo está pensando.
Modernamente ainda se consideram como catacreses as metáforas viciadas, isto é, as metáforas que pelo uso constante perderam valor estilístico e se formaram graças à semelhança de forma existente entre os seres. Sacconi diz que, em rigor, não se pode afirmar que catacrese seja uma figura de estilo, pois ela só existe em função de um esquecimento etimológico ou de uma deficiência da linguagem normal, ou fatos normais da língua. Exemplos de catacreses: pé de meia, boca de forno, etc, além de embarcar num avião, enterrar uma pua no dedo, espalhar dinheiro, ferradura de prata, marmelada de chuchu, péssima caligrafia etc. Pelos exemplos, ficou evidente o relacionamento contraditório das palavras, por esquecimento ou ignorância do seu étimo.
Já Domingos Paschoal Cegalla põe na esfera da Metáfora a Hipérbole e a Personificação. Exemplifiquemos:
"A geada é um eterno pesadelo".
"As aves são imbecis".
No primeiro exemplo, observa-se que o adjetivo "eterno" faz com que a geada seja um pesadelo sem fim, enquanto que o segundo exemplo atribui a má qualidade humana da imbecilidade às aves, ao mesmo tempo que proporciona um desvio de significação para o substantivo ave.
Encontramos, também, através de Sacconi, o fato de que Oximoro seja uma figura muito adequada para manifestar Ironia ou Sarcasmo. Exemplifiquemos:
Nunca vi uma inteligência tão burra quanto a sua! (Além de unir idéias contrastantes e contraditórias, como "inteligência" e "burra", fundindo-as numa só pessoa, o autor da frase exprime isto com ironia.)
Estudo Analítico de Poemas e Letras de Músicas Sobre Metáfora, Pleonasmo e Ironia
POEMA – Mar Português, de Fernando Pessoa.
No primeiro verso "Ó mar salgado, quanto do teu sal" encontramos o Pleonasmo e epíteto de natureza "Ó mar salgado", contendo redundância evidente a fim de reforçar ou enfatizar a expressão.
POEMA - A Carolina, de Machado de Assis.
Encontramos "leito derradeiro" no primeiro verso como recurso para eufemizar a palavra túmulo. Depois, fomos encontrando: "descansas" – Eufemismo, no lugar de jazes morta; "pobre querida" – Eufemismo, no lugar de infeliz querida; "o coração" – Metonímia, no lugar de o afeto, o carinho; "terra que nos viu" – Personificação: "terra que nos viu", pois terra não vê; "olhos mal feridos/pensamentos de vida formulados": fica evidente que os olhos não pensam.
Texto de revista Veja São Paulo, 8 nov. 1995. Detalhe de matéria de Walcyr Carrasco.
Título: Ricos, Pobres Ricos
Comentário: O título dessa matéria apresenta ao mesmo tempo duas figuras de pensamento: temos uma ANTITESE na aproximação dos antônimos POBRES/RICOS e uma evidente IRONIA ao qualificar RICOS com o adjetivo POBRES, preparando o leitor para uma possível sátira ou crítica às pessoas ricas – o que se confirma nas primeiras linhas do texto.
LETRA DE MÚSICA – RETRATO EM BRANCO E PRETO, de Tom Jobim e Chico Buarque.
Encontramos "sei de cor" – Metáfora: os obstáculos; "dias tristes, noites claras" – Personificação/Oximoro: dias nublados, noites iluminadas; "o peito tão marcado" – Metáfora: o coração do peito dolorido.
LETRA DE MÚSICA – O QUE É, O QUE É?, de Luiz Gonzaga Jr.
Encontramos as seguintes METÁFORAS:
"é a batida de um coração?" – é como a batida de um coração?
"ela é uma doce ilusão?" – é como uma doce ilusão?
"maravilha ou é sofrimento?" – é como maravilha ou é como um sofrimento?
"alegria ou lamento?" – é como alegria ou como lamento?
"um nada no mundo" – é como um nada no mundo.
"uma gota no tempo" – é como uma gota no tempo.
"que não dá um segundo" – é como gota que não dá um segundo.
"um divino mistério profundo" – é como um divino mistério profundo.
"o sopro do criador" – é como o sopro do criador.
"atitude repleta de amor" – é como uma atitude repleta de amor.
"luta e prazer" – é como luta e prazer.
"viver" – é como viver.
LETRA DE MÚSICA – GRITO DE ALERTA, de Luiz Gonzaga Jr.
Encontramos as seguintes METÁFORAS e uma HIPÉRBOLE:
"me entorta a cabeça" – me confunde.
"me bota na boca um gosto amargo de fel" – sensações desagradáveis ao paladar.
"chorando" – Hipérbole: pedindo insistentemente.
"bocado de mel" – um pouco de carinho.
"rasgo, engasgo, engulo" – me sacrifico, sofro, suporto.
"estendo a mão" – dou-lhe uma oportunidade a mais.
"um rio secando" – um relacionamento que vai finalizando.
"as pedras cortando" – fatos maltratando.
"tantas coisinhas miúdas, roendo, comendo" – fatos sem importância, destruindo aos poucos, aniquilando.
"arrasando" – destruindo.
"de gritos e gestos" – de discussões com estardalhaço.
"jogo de culpa" – relacionamento amoroso marcado pela culpa.
"sinto no ar o momento em que o copo está cheio" – percebo que o relacionamento amoroso está chegando ao fim.
"engolir" – suportar.
"uma porta entreaberta" – um relacionamento ruim e que tem chance de terminar.
"grito de alerta" – minhas explicações, o meu ponto de vista sobre a situação insuportável do nosso relacionamento amoroso conturbado.
"um lado carente dizendo que sim" – o desejo sexual exigindo que fiquemos juntos.
"gritando que não" – dizendo que é insuportável levarmos adiante um relacionamento amoroso cheio de brigas e de desentendimentos.
"Título: "Grito de Alerta" – Minhas explicações, o meu ponto de vista sobre a situação insuportável de viver brigando e se amando ao mesmo tempo.

Conclusão
Concluímos que o estudo levado a efeito sobre Metáfora, Pleonasmo, Eufemismo e Ironia esclareceu o fato de que, com criatividade, pode-se fazer uso da linguagem figurada fundindo duas ou mais figuras, como foi citado no Desenvolvimento: Metáfora-Sinestesia, Metáfora-Hipérbole, Metáfora-Personificação, Ironia-Oximoro, Antítese-Ironia e Metáfora-Catacrese.
Ficou estabelecida a diferença dos tipos de linguagem: a normal e a figurada e o uso delas de modo adequado.

Regras Especias para redação

Regras Especiais
Além das regras fundamentais, há um conjunto de regras destinadas a pôr em evidência alguns detalhes sonoros das palavras. Observe:
Ditongos Abertos
Os ditongos éi, éu e ói, sempre que tiverem pronúncia aberta em palavras oxítonas (éi e não êi), são acentuados. Veja:
    éi (s):anéis, fiéis, papéis
    éu (s):troféu, céus
    ói (s): herói, constrói, caubóis
Obs.: os ditongos abertos ocorridos em palavras paroxítonas NÃO são acentuados.
Exemplos: assembleia, boia, colmeia, Coreia, estreia, heroico, ideia, jiboia, joia, paranoia, plateia, etc.
Atenção:  a palavra destróier é acentuada por ser uma paroxítona terminada em "r" (e não por possuir ditongo aberto "ói").


Hiatos
Acentuam-se o "i" e "u" tônicos quando formam hiato com a vogal anterior, estando eles sozinhos na sílaba ou acompanhados apenas de "s", desde que não sejam seguidos por "-nh".
Exemplos:
    sa - í - dae - go - ís -mosa - ú - de
Não se acentuam, portanto, hiatos como os das palavras:
    ju - izra - izru - imca - ir
Razão:  -i ou -u não estão sozinhos nem acompanhados de -s na sílaba.

Observação: cabe esclarecer que existem hiatos acentuados não por serem hiatos, mas por outras razões. Veja os exemplos abaixo:

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Eutrofização

Eutrofização: tema pode aparecer na prova do Enem

Eutrofização
Nome dado ao aumento de nutrientes na água (principalmente fosfato e nitrato), ocasionando um aumento significativo na população de algas e de microorganismos decompositores na água, levando a uma brusca redução do teor de oxigênio dissolvido. Isso provoca a morte de organismos aeróbios maiores como, por exemplo, peixes.

Etapas da eutrofização:
- Aumento da quantidade de material biodegradável (esgoto orgânico) na água;
- Aumento da população de organismos decompositores (aeróbios e anaeróbios);
- Redução da concentração de oxigênio dissolvido na água;
- Mortalidade de organismos aeróbios maiores, como peixes e crustáceos;
Eutrofização

- Os animais mortos sofrem decomposição e, então, mais matéria orgânica é disponibilizada no meio, o que favorece a proliferação de mais organismos decompositores, com maior redução de teor do oxigênio. Com a brusca redução do teor de oxigênio, a decomposição torna-se anaeróbia, com produção de gases tóxicos como, por exemplo, o gás sulfídrico.

Com a eutrofização há um predomínio de bactérias anaeróbias estritas e facultativas no fundo do lago ou represa, enquanto na superfície pode haver uma estreita camada de algas.
O processo ocorre com mais frequência em ambientes lênticos, isto é, de águas paradas, como lagos e represas, embora possa ocorrer em rios. Embora o fenômeno possa ocorrer naturalmente, o lançamento de esgotos domésticos e industriais, além de fertilizantes usados em áreas agrícolas potencializam a ocorrência do fenômeno.


Alguns impactos à qualidade da água devido à eutrofização:
Eutrofização 

- Perda da transparência (a transparência é medida através do mergulho de um disco na água, conhecido como disco de Secchi).
- Redução do teor de oxigênio dissolvido;
- Crescimento exagerado de algas;
- Redução de macrófitas, devido à redução do teor de oxigênio;
- Aumento na quantidade de cianobactérias (algas azuis), muitas delas não ingeridas pelo zooplâncton);
- Produção de gases de odor desagradável e, em certos casos, tóxicos;
- Produção de cloroforme, um composto carcinogênico, produto da reação da matéria orgânica com o cloro usado nas estações de tratamento.

Em fevereiro de 2010, 85,6 toneladas de peixes morreram na Lagoa Rodrigo de Freitas no Rio de Janeiro. A hipótese inicial era a de eutrofização devido ao lançamento de esgotos domésticos. Contudo, o laudo do Museu Nacional constatou a proliferação excessiva da alga Chrysochromulina cuja toxina afeta os peixes. A proliferação da alga seria devida ao excesso de chuvas, o que deixa a água mais doce.

Contaminação por Petróleo

Contaminação por Petróleo: tema pode aparecer na prova do Enem

Contaminação por Petróleo
O petróleo (“óleo de pedra”) é uma mistura formada basicamente de hidrocarbonetos, com densidade inferior à da água e que apresenta uma coloração variando desde o castanho claro até o preto. Trata-se de um material altamente inflamável e representa a principal forma de energia da atualidade e, por esse motivo, um dos responsáveis por divergências políticas entre vários países, inclusive pela ocorrência de guerras como, por exemplo, a Guerra Irã-Iraque.

Origem do petróleo
Provavelmente, o petróleo foi formado pela decomposição da matéria orgânica (restos de vegetais, de animais marinhos, componentes do plâncton) durante algumas centenas de milhões de anos, sob condições de baixa oxigenação. Os oceanos apresentam as melhores condições para a formação de petróleo, sendo a plataforma continental a região que mais produz matéria orgânica, pré-requisito para a formação do petróleo. Devido à sua fluidez, o petróleo pode migrar para além da sua fonte geradora e acumular-se em rochas sedimentares, localizadas em grandes profundidades.

Contaminação ambiental por petróleo
Os derramamentos de petróleo no ambiente podem ter causas variadas, tais como: explosões de poços; colisões de navios transportadores do material; ruptura dos tanques de armazenamento; avarias nas embarcações em decorrência das hostilidades oceânica; lavagem dos tanques dos petroleiros, dentre outras.
Recentemente o mundo vem assistindo a um dos maiores acidentes ambientais da história: o derramamento de petróleo no Golfo do México, devido a uma explosão e posterior afundamento de uma plataforma da empresa British Petroleum. Com o acidente, um dispositivo deveria fechar automaticamente uma válvula no fundo do mar, o que não ocorreu. A consequência, é que desde às 22h do dia 20 de abril de 2010, ocorre vazamento de quase 1 milhão de litros por dia. A imagem a seguir mostra a extensão do problema.

Contaminação por Petróleo


Contaminação por Petróleo 

Quando há algum vazamento de petróleo, os técnicos especializados na limpeza devem agir imediatamente. O primeiro passo é o cercamento da mancha negra, para evitar a dispersão para outras regiões. Na sequência, é feita a separação do petróleo da água e da areia, deixando-o em condições de uso.

Conseqüências da poluição por petróleo
- Redução da atividade fotossintética das algas, uma vez que a película de óleo sobre a água dificulta a penetração de luz;
- Redução da difusão de oxigênio da atmosfera para a água;
- O petróleo adere-se às brânquias de diversos animais, levando-os à morte por asfixia;
- O petróleo adere-se às penas das aves aquáticas, reduzindo o colchão de ar retido entre as penas, podendo levar à morte por hipotermia. Além disso, dificulta a obtenção de alimento e, na tentativa de retirar o óleo das penas, acabam ingerindo-o, o que ocasiona a morte por intoxicação;
- Morte de outros organismos devido à transferência pela cadeia alimentar.

Biocombustíveis: vantagens e desvantagens

Os biocombustíveis são fontes de energia renováveis, o que significa dizer que permitem a ciclagem da matéria na natureza. São obtidos a partir da cana-de-açúcar, do milho, de oleaginosas, resíduos agropecuários, dentre outras fontes.

Ciclo dos biocombustíveis 

Os biocombustíveis, como o biodiesel e o etanol (álcool etílico), têm aparecido com frequência na mídia como alternativas para contenção do aquecimento global. Isso acontece porque os biocombustíveis permitem uma ciclagem do gás carbônico (CO2), apontado como um dos vilões do aquecimento global.
Veja no quadro ao lado o que ocorre quando se usa um biocombustível.
Como se pode ver na figura ao lado, o CO2 eliminado pelo veículo é reutilizado pelas plantas para a produção de mais biomassa, através da fotossíntese.
Parte dessa matéria orgânica produzida é usada para a produção de mais biocombustível, com devolução de CO2 para a atmosfera. Dessa forma, o equilíbrio consumo-liberação de CO2 pode ser estabelecido e a concentração do CO2 pode estabilizar.
Com os combustíveis fósseis (gasolina, óleo diesel, carvão, gás natural) esse equilíbrio não acontece.

Entenda o porquê:
petróleo foi formado há milhões de anos (período Carbonífero), provavelmente de restos de vida aquática animal acumulados no fundo de oceanos primitivos e cobertos por sedimentos. Com ação da alta pressão e temperatura, o material depositado sofreu uma grande quantidade reações químicas, originando massas viscosas, de coloração negra – as jazidas de petróleo. Quando queimado ocorre, então, liberação de CO2  que foi retirado da atmosfera do planeta há milhões de anos. Como não há nenhum mecanismo atual para capturar esse CO2 para produção de mais petróleo (que é considerado um recurso não renovável), o uso desses combustíveis acaba promovendo um aumento na concentração de CO2 na atmosfera. Como curiosidade, para cada 3,8 litros de gasolina queimados, 10 kg de CO2 são liberados para a atmosfera.

1. Vantagens de uso dos biocombustíveis
- Possibilita o fechamento do ciclo do carbono (CO2), contribuindo para a estabilização da concentração desse gás na atmosfera (isso contribui para frear o aquecimento global);
- No caso específico do Brasil, há grande área para cultivo de plantas que podem ser usadas para a produção de biocombustíveis;
- Geração de emprego e renda no campo (isso evita o inchaço das cidades);
- Menor investimento financeiro em pesquisas (as pesquisas de prospecção de petróleo são muito dispendiosas);
- O biodiesel substitui bem o óleo diesel sem necessidade de ajustes no motor;
- Redução do lixo no planeta (pode ser usado para produção de biocombustível);
- Manuseio e armazenamento mais seguros que os combustíveis fósseis.

2. Desvantagens do uso dos biocombustíveis
- Consome grande quantidade de energia para a produção;
- Aumento do consumo de água (para irrigação das culturas);
- Redução da biodiversidade;
- As culturas para produção de biocombustíveis consomem muitos fertilizantes nitrogenados, com liberação de óxidos de nitrogênio, que também são gases estufa;
- Devastação de áreas florestais (grandes consumidoras de CO2) para plantio das culturas envolvidas na produção dos biocombustíveis;
- Possibilidade de redução da produção de alimentos em detrimento do aumento da produção de biocombustíveis, o que pode contribuir para aumento da fome no mundo e o encarecimento dos alimentos;
- Contaminação de lençóis freáticos por nitritos e nitratos, provenientes de fertilizantes. A ingestão desses produtos causa problemas respiratórios, devido à produção de meta-hemoglobina (hemoglobina oxidada);
- A queima da cana libera grandes quantidades de gases nitrogenados, que retornam ao ambiente na forma de “chuva seca” de fertilizantes, segundo pesquisa do químico ambiental Arnaldo Cardoso e publicada na revista “Unesp Ciência, edição de fevereiro de 2010.  Nos ambientes aquáticos, o efeito é muito rápido: proliferação de algas, com liberação de toxinas e consumo de quase todo oxigênio da água, o que provoca a morte de um grande número de espécies.
A queima da palha da cana espalha fertilizante pelo ar
Crédito: Sandro Falsetti / 'Unesp Ciência' fevereiro de 2010, pág. 43.

Como se vê, os biocombustíveis não são a grande solução para o problema energético do mundo. É necessário repensar sobre o uso de outras formas alternativas de energia, como a eólica e a atômica (que vem ganhando força no mundo científico).

Influenza A H1N1: A nova Gripe (Gripe suina)

1. Introdução
Desde abril de 2009 os noticiários têm dado ênfase a uma nova gripe que, segundo a Organização Mundial de Saúde, foi considerada uma pandemia, isto é, uma doença que afeta um grande número de pessoas ocorrendo, praticamente, em todo o mundo. Trata-se da gripe “A”, outrora denominada de gripe suína, uma vez que seu causador, o vírus H1N1, fora isolado pela primeira vez num porco, em 1930. Com as seguidas modificações em seu material genético, as  chamadas mutações, o vírus tornou-se capaz de vencer a barreira interespecífica e, agora, infecta também seres humanos.  Veja o quadro a seguir.
Gripe Suina - Virus H1N1
Virus H1N1 - Gripe SuinaO índice de mortalidade da doença oscila entre 0,2 e 0,4% dos casos, o que está muito próximo da gripe clássica. Uma característica forte da gripe A é rápida instalação do vírus nos pulmões, o que ocasiona complicações respiratórias que merecem atenção especial, devido à severa insuficiência respiratória. Também podem ocorrer lesões graves nos músculos, o que pode afetar os rins e o coração, com risco de morte. Como os sintomas da gripe A se confundem com as de uma gripe comum, a procura por atendimento médico deve ser imediata, assim que os sintomas gripais ocorrem e a pessoa tem (ou teve) contato com pessoas que foram infectadas com o vírus influenza A ou, ainda, que moram em locais com registro de casos da nova gripe.  Não é recomendado que a pessoa com sintomas passe 48 horas sem procurar atendimento médico. O alerta deve ser levado ainda mais a sério, caso a pessoa esteja inclusa em grupo de risco, que são:
* Idosos à Pessoas com mais de 65 anos apresentam maior vulnerabilidade de saúde em decorrência da idade.
* Crianças com menos de dois anos de idade;
* Gestantes;
* Obesos à as pessoas obesas, frequentemente, apresentam dificuldades respiratórias;
* Pessoas doentes do coração, dos pulmões, dos rins, com hipertensão ou diabetes;
* Pessoas com imunidade reduzida como, por exemplo, quem faz quimioterapia ou realizou algum transplante;
* Portadores de anemia falciforme.

2. Medidas Preventivas Básicas

Gripe Suína - Medidas Preventivas

E mais...
Sendo possível, disponibilizar álcool gel para alunos, professores e funcionários.
Evite tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies;
Evitar contato com outras pessoas (abraçar, beijar, etc.)
Manter superfícies limpas utilizando álcool gel ou solução clorada
É importante que o ambiente seja arejado e receba a luz solar, pois estas medidas ajudam a eliminar os possíveis agentes das infecções respiratórias
Manter portas e janelas sempre abertas para uma boa circulação de ar
Criar atividades lúdicas que ensinem as crianças a lavar corretamente as mãos
Mantenha hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, ingestão de líquidos e atividade física
Durante o período de afastamento evitar frequentar locais com aglomerados de pessoas ou visitar parentes e amigos (principalmente crianças, idosos, gestantes e pessoas com outras doenças)
Em locais em que a doença esteja ocorrendo, usar máscaras cirúrgicas (comuns)
Pessoas que já contraíram a doença estão naturalmente imunizadas como o que ocorre com outras doenças como a rubéola e a catapora. Contudo, caso o vírus sofra alguma mutação, originando nova cepa (termo comum na microbiologia e que tem o significado de variedade), a doença pode reincidir,  como o que ocorre com a gripe comum, devido à grande variedade de cepas virais. Há vacina para a doença.

Método Científico

1. Definição
Trata-se de um processo de pesquisa que segue uma determinada sequência de etapas. São elas: observação, problematização, formulação da hipótese, experimentação e teoria.

2. Etapas do Método Científico
Observação: Como o próprio diz, é a visualização de um fato (ou fenômeno). Essa observação deve ser repetida várias vezes, buscando obter o maior número possível de detalhes sendo, realizada, portanto, com a maior precisão possível. Deve-se tomar o cuidado com os “vícios” para ocorra uma observação correta do fato; em muitos casos, a pessoa ver o que deseja ver, e não o que está ocorrendo de fato.
 
Problematização: Corresponde à execução de questionamentos sobre o fato observado. E para essas perguntas, o pesquisador vai à busca de respostas.  Um problema bem formulado é mais importante para a ciência do que a sua solução, pois, abrir caminho para diversas outras pesquisas.
Formulação da hipótese: A hipótese nada mais é do que uma possível explicação para o problema. No jargão científico, hipótese equivale, habitualmente, à suposição verossímel, depois comprovável ou denegável pelos fatos, os quais hão de decidir, em última instância, sobre a verdade ou falsidade dos fatos que se pretende explicar. "A hipótese é a suposição de uma causa ou de uma lei destinada a explicar provisoriamente um fenômeno até que os fatos a venham contradizer ou afirmar." (Cervo & Bervian,1974:29)

Experimentação: Etapa em que o pesquisador realiza experiências para provar (ou negar) a veracidade de sua(s) hipótese(s). Se, após a execução por repetidas vezes da experiência, os resultados obtidos forem os mesmos, a hipótese é considerada verdadeira.
Na antiguidade, as experiências não eram controladas – experiências empíricas – muito usadas pelos alquimistas. Nesse modelo, as experiências eram do tipo tentativa-erro; com isso, as descobertas acabam sendo puramente casual.
Na experiência controlada, usam-se dois grupos: o experimental e o grupo teste (grupo controle ou testemunho).
No grupo experimental é testada uma variável; as demais condições devem ser iguais às do grupo controle que, por sua vez, corresponde ao grupo em que a referida variável não aparece e, assim, serve de referência para análise dos resultados.

Veja um exemplo bem simplificado:
Se um pesquisador deseja saber a influência de determinado mineral “M” na floração de uma determinada espécie vegetal, deverá usar dois grupos de plantas nas mesmas condições, diferindo um do outro apenas no mineral M. O grupo portador do mineral é o grupo experimental e o que não possui o mineral é o grupo controle.
Se os resultados obtidos forem estatisticamente iguais, o mineral M não interfere na floração; caso os resultados obtidos nos dois grupos forem estatisticamente diferentes, o mineral M é o responsável pelas diferenças observadas.

Uma hipótese confirmada nas experimentações passa a ser denominada de lei científica.  A um conjunto de leis que explicam um determinado fenômeno (ou grupo deles) chamamos de teoria. As teorias científicas têm validade até que sejam incapazes de explicar determinados fatos ou fenômenos, ou até que algum descobrimento novo comprovado se oponha a elas. A partir de então, os cientistas começam a elaborar outra teoria que possa explicar esses novos descobrimentos. A Ciência é conhecimento evolutivo e não estacionário.

Questões Propostas:
01) (Unimontes – junho/2009) A tirinha abaixo apresenta um diálogo entres dois animais. Observe-a.
Metodo Cientifico
                                 
Estabelecendo uma relação entre o diálogo apresentado e o método científico, analise as alternativas abaixo e assinale a CORRESPONDENTE à etapa de uma pesquisa que melhor justifica a apreensão de um dos animais e o pedido de calma do outro.
a) Levantamento de hipótese.
b) Conclusões.
c) Análise de resultados.
d) Experimentação.
 

02) (Unimontes/2009) No nosso cotidiano, acontecem, geralmente, coisas que servem para ilustrar determinados estudos teóricos.
A contextualização é um meio muito utilizado para enriquecermos nosso conhecimento. As figuras a seguir mostram elementos que exemplificam essa idéia. Observe-as.
Método Científico
De acordo com as figuras e o assunto abordado, analise as alternativas a seguir e assinale a que REPRESENTA os passos correspondentes à experimentação (parte prática) evidenciada no desenvolvimento de uma pesquisa científica.
a) I, II e III.
b) I e III, apenas
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.

Gabarito:
01 - D; 02 - D

Bioacumulação

Bioacumulação: tema vem aparecendo em provas de vestibular

Nome que se dá ao acúmulo de substâncias nos tecidos dos organismos. Os casos mais comuns de bioacumulação são decorrentes da ingestão da substância, presente nos alimentos.  Uma característica marcante desse processo, é o aumento da concentração à medida que afastamos da base de uma cadeia alimentar.

Vamos considerar a cadeia alimentar abaixo, que mostra a concentração de DDT (inseticida proibido no Brasil) nos diferentes níveis tróficos. A concentração está expresso em ppm (parte por milhão).

Algas
Peixes planctófago
Peixes carnívoros
ave aquática
0,04 ppm
0,21 ppm
2,12 ppm
8,4 ppm

Bioacumulação
Na cadeia representada, observamos claramente a bioacumulação. A ave, último nível trófico da cadeia supracitada, é a que aparece com maior concentração desse inseticida em seus tecidos.

Com a espécie humana, o fenômeno já foi verificado em várias populações ribeirinhas, no Pará e Amazonas, envolvendo o mercúrio, usado no garimpo do ouro.

O homem é o último integrante de uma cadeia alimentar da qual os peixes encontram-se presentes. O grande problema, nesse caso, é que o mercúrio causa graves problemas ao ser humano, podendo ocasionar graves lesões ao sistema nervoso, além de dentes moles, sangramento nas gengivas, fraqueza muscular, dificuldade de concentração, dentre outros.



Questão proposta:

(PASUSP/2009) O inseticida DDT, de uso proibido no Brasil, é acumulado ao longo das cadeias alimentares, sendo absorvido pelos produtores, passando para os consumidores primários, desses para os consumidores secundários e assim por diante. Após a utilização ilegal de DDT, em uma plantação, foi avaliada a porcentagem da substância acumulada na cadeia alimentar a seguir:

alfaces  --> insetos --> sapos
 Espera-se obter a menor e a maior concentração de DDT, respectivamente, em:
a) alfaces e insetos.
b) sapos e insetos
c) insetos e sapos.
d) insetos e alfaces.
e) alfaces e sapos.

Resposta: Alternativa E.

Estruturas das Proteínas

1. As estruturas das proteínas
As proteínas diferem entre si pelo número, tipo e seqüência dos aminoácidos em suas estruturas.
A seqüência linear de aminoácidos de uma proteína define sua estrutura primária.
Estrutura Primária Proteína

O número de aminoácidos é muito variável de uma proteína para outra:
• Insulina bovina: 51 aminoácidos
• Hemoglobina humana: 574 aminoácidos
• Desidrogenase glutâmica: 8 300 aminoácidos
O filamento de aminoácidos se enrola ao redor de um eixo, formando uma escada helicoidal chamada alfa-hélice. É uma estrutura estável, cujas voltas são mantidas por pontes de hidrogênio. Tal estrutura helicoidal é a estrutura secundária da proteína.
Estrutura Secundária Proteína

As proteínas estabelecem outros tipos de ligações entre suas partes. Com isto, dobram sobre si mesmas, adquirindo uma configuração espacial tridimensional chamada estrutura terciária. Essa configuração pode ser filamentar como no colágeno, ou globular, como nas enzimas.
Estrutura Terciária Proteína
Tanto o estabelecimento de pontes de hidrogênio como o de outros tipos de ligações dependem da seqüência de aminoácidos que compõem a proteína. Uma alteração na seqüência de aminoácidos (estrutura primária) implica em alterações nas estruturas secundária e terciária da proteína. Como a função de uma proteína se relaciona com sua forma espacial, também será alterada. Um exemplo clássico é a anemia falciforme. Nessa doença hereditária, há uma troca na cadeia de aminoácidos da hemoglobina (substituição de um ácido glutâmico por uma valina). Isto acaba por determinar mudanças na hemácia, célula que contém a hemoglobina, que assume o formato de foice quando submetida a baixas concentrações de oxigênio.
Hemacia falciforme
Muitas proteínas são formadas pela associação de dois ou mais polipeptídeos (cadeias de aminoácidos). A maneira como estas cadeias se associam constitui a estrutura quaternária dessas proteínas. A hemoglobina, citada anteriormente, é formada pela união de duas cadeias "alfa" e duas cadeias "beta".
Embora o termo ponte de hidrogênio não seja adequado, ele é comumente empregado na bioquímica de proteínas. Quimicamente, este tipo de interação deveria ser chamado de ligação de hidrogênio, ao invés de ponte de hidrogênio.
Estrutura Quaternária Proteínas


2. Desnaturação das Proteínas
Quando as proteínas são submetidas à elevação de temperatura, a variações de pH ou a certos solutos como a uréia, sofrem alterações na sua configuração espacial, e sua atividade biológica é perdida. Este processo se chama desnaturação. Ao romper as ligações originais, a proteína sofre novas dobras ao acaso. Geralmente, as proteínas se tornam insolúveis quando se desnaturam. É o que ocorre com a albumina da clara do ovo que, ao ser cozida, se torna sólida.
Proteína desnaturada 
Na desnaturação, a seqüência de aminoácidos não se altera e nenhuma ligação peptídica é rompida. Isto demonstra que a atividade biológica de uma proteína não depende apenas da sua estrutura primária, embora esta seja o determinante da sua configuração espacial.
Algumas proteínas desnaturadas, ao serem devolvidas ao seu meio original, podem recobrar sua configuração espacial natural. Todavia, na maioria dos casos, nos processos de desnaturação por altas temperaturas ou por variações extremas de pH, as modificações são irreversíveis. A clara do ovo se solidifica, ao ser cozida, mas não se liquefaz quando esfria.

Proteinas

As proteínas são macromoléculas, isto é, moléculas grandes, constituídas por unidades chamadas aminoácidos. Algumas propriedades importantes dos seres vivos estão associadas a elas: a facilitação para a ocorrência de reações químicas (enzimas), o transporte de oxigênio (hemoglobina), a transmissão de informações (hormônios), a composição estrutural das células (membranas, túbulos,etc.), a defesa orgânica (anticorpos), etc.
O que distingue uma proteína da outra é o número de aminoácidos, o tipo de aminoácidos e a seqüência na qual eles estão ligados.
Todos os aminoácidos possuem um átomo de carbono central, ao qual se ligam um grupo carboxila (COOH), que confere caráter ácido, um grupo amina (NH2), que tem caráter básico, um átomo de hidrogênio e um radical R, variável de um aminoácido para outro.
Proteinas 

O radical R pode ser um átomo de hidrogênio, um grupo ou grupos mais complexos, contendo carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e enxofre.
Os aminoácidos podem ser obtidos na dieta ou produzidos, a partir de açúcares. Todavia, suas moléculas possuem nitrogênio. O nitrogênio constitui cerca de 80% do ar atmosférico, mas sua assimilação ocorre pela ação de microorganismos capazes de transformá-lo em compostos utilizáveis pelos vegetais (nitritos ou nitratos). Os vegetais empregam esses compostos para produzir aminoácidos, obtidos pelos animais através da alimentação.
Os animais podem sintetizar aminoácidos a partir de açúcar, graças à transferência do grupo NH2 das proteínas da dieta. Podem, ainda, transformar alguns aminoácidos em outros. Todavia, existem alguns aminoácidos que não podem ser produzidos pelos animais, e precisam ser conseguidos na alimentação. São os aminoácidos essenciais. Aqueles que podem ser sintetizados nas células animais são chamados aminoácidos naturais.
São aminoácidos naturais a alanina, prolina, glicina, serina, tirosina, entre outros.
São aminoácidos essenciais a valina, leucina, triptófano, metionina, fenilalanina, entre outros.
Os alimentos ricos em proteínas, como o leite, a carne, os ovos, a gelatina, podem ser utilizados como fonte de aminoácidos para o organismo.
No leite existe a proteína caseína, que é utilizada pelo organismo como fonte de aminoácidos naturais.

2. As reações de síntese e hidrólise das proteínas
Proteinas
As proteínas, ou cadeias polipeptídicas, são formadas pela união entre aminoácidos. As ligações entre os aminoácidos são denominadas ligações peptídicas e ocorrem entre o grupo carboxila de um aminoácido e o grupo amina de outro aminoácido.
Para o organismo aproveitar as proteínas como fonte de aminoácidos, deve ocorrer ação enzimática das proteases na digestão das proteínas, que ocorre no estômago e no intestino.
Como cada ligação peptídica é formada entre dois aminoácidos, uma proteína com 100 (cem) aminoácidos apresentará 99 (noventa e nove) ligações peptídicas.
1) Reação de síntese
2) Reação de hidrólise (digestão) com ação de uma protease

3. Funções das proteínas
As proteínas desempenham quatro funções importantes para os seres vivos. Entre estas funções podemos citar a função estrutural ou plástica, hormonal, anticorpos (imunização) e enzimática.
As proteínas estruturais estão presentes em estruturas esqueléticas, como ossos, tendões e cartilagens, unhas, cascos, etc., além da membrana celular.
As proteínas hormonais atuam no metabolismo como mensageiros químicos, como a insulina e o glucagon que controlam a glicemia do sangue e o hormônio de crescimento denominado somatotrofina, secretado pela hipófise.
As proteínas de defesa imunológica são as imunoglobulinas (anticorpos).
As proteínas de ação enzimática (enzimas) são importantes como catalisadores biológicos favorecendo reações do metabolismo celular, como as proteases, a catalase, a desidrogenases, entre outras.

Cloroplastos

Um tipo de organela característico das células vegetas são os plastos. Acumulam substâncias e são classificados de acordo com a natureza da substância armazenada. Os plastos incolores, que armazenam amido, lipídios ou proteínas, são os leucoplastos. Os plastos coloridos pela presença de pigmentos são chamados cromoplastos e, destes, os mais numerosos e importantes são os cloroplastos, nos quais ocorrem as reações da fotossíntese. Possuem o pigmento verde clorofila.
Uma célula da folha contém cerca de 50 cloroplastos. Em um milímetro quadrado da superfície da folha encontram-se mais de 500 000 deles.
Os cloroplastos guardam algumas semelhanças estruturais com as mitocôndrias.
Tilacoides - estrutura cloroplasto 
São delimitados por duas membranas. Internamente, são ocupados por uma substância amorfa, o estroma. Grânulos de amido podem ser encontrados mergulhados no estroma.
Ao microscópio eletrônico, verifica-se a presença, dentro do cloroplasto, de um complexo sistema de membranas que constituem sacos achatados e unidos entre si. São os tilacóides. Nos vegetais, os tilacóides se arranjam como uma pilha de moedas. Cada pilha é chamada granum e o conjunto de granum é chamado grana. Existem membranas que ligam os grana através do estroma. A clorofila existe no interior dos tilacóides. Os cloroplastos possuem, em média, a seguinte composição:
água             50%
proteínas      25%
lipídios          15%
clorofila           3%
carotenóides   2%
Possuem, ainda, glicídios, nucleotídios, ATP, ADP, aceptores de hidrogênio (NADP, citocromos, vitamina K, etc.). O NADP difere do NAD, aceptor de elétrons da respiração celular, pela presença de um grupo fosfato. Contém, também, DNA e RNA. Têm certa autonomia dentro das células, sendo capazes de sintetizar proteínas e de se autoduplicar.

Os pigmentos fotossintetizantes
ClorofilaOs pigmentos são substâncias que absorvem luz. A cor de um pigmento depende das faixas do espectro da luz visível que ele absorve ou reflete. A clorofila, pigmento que torna verdes os vegetais, absorve luz principalmente nas faixas do vermelho e do azul; por refletir a luz verde, é verde.
O perfil de absorção de luz de uma substância é o seu espectro de absorção.
Além das clorofilas, os carotenóides são pigmentos que absorvem luz em comprimentos de onda diferentes da clorofila. Estes pigmentos transferem energia luminosa para a clorofila.
As figuras a seguir mostram as estruturas moleculares das clorofilas “a” e “b” e do b (beta) caroteno.
As clorofilas “a” e “b” apresentam espectros diferentes da absorção de luz, sendo a absorção maior nas faixas do violeta-azul e alaranjado-vermelho e menor na faixa do verde, conforme pode ser observado no gráfico abaixo:
Clorofila

Potenciação

Representamos por an, a potência de base real a e expoente inteiro n.
Definimos a potência an nos casos abaixo:

1º caso: Expoente inteiro maior que 1.
Potência de expoente inteiro maior que 1 é o produto de tantos fatores iguais à base quantas forem as unidades do expoente.
Assim:
Potenciação
Exemplos:
a) 43 = 4 · 4 · 4 = 64
b) 15 = 1 · 1 · 1 · 1 · 1 = 1
c) (–2)4= (–2) · (–2) · (–2) · (–2) = 16
d) Potenciação

2º caso: Expoente 1
Toda potência de expoente 1 é igual à base.
Assim:
Potenciação
Exemplos
a) 51 = 5
b) Potenciação

3º caso: Expoente zero
Toda potência de expoente zero é igual a 1.
Assim:
Potenciação
Exemplos
a) 50 = 1
b) Potenciação = 1

4º caso: Expoente inteiro negativo
Toda potência de expoente inteiro negativo e base não-nula é igual à potência de base igual ao inverso da base dada e expoente igual ao oposto do expoente dado.
Assim:
Potenciação
Exemplos:
a) Potenciação

b) Potenciação

c) Potenciação

Observação:
Sendo n um número inteiro, temos:

1aa = 0 e n > 0 seta an = 0
2a)  a = 0 e n < 0 seta an pertence a R
3a)  a > 0 seta an > 0
4a)  a < 0 e n par seta an > 0
5a)  a < 0 e n ímpar seta an < 0

2. Propriedades
Consideremos os números reais a e b, e os números naturais m e n. Então são válidas as seguintes propriedades.

• P1: Produto de potências de mesma base
Para multiplicarmos potências de mesma base, conservamos a base e somamos os expoentes.
Potenciação
Justificativa:
Potenciação Potenciação = Potenciação

Assim: am · an = am+n.
Exemplos:
a) 23 · 25 = 23+5 = 28
b) 4x · 4-x+2 = 4x+(-x+2) = 42
c) 3 · 32 · 36 = 31+2+6 = 39

• P2: Quociente de potências de mesma base
Para dividirmos potências de mesma base, conservamos a base e subtraímos os expoentes.
Potenciação
Justificativa:
Potenciação

1o. Sendo m > n, temos
Potenciação
2o. Se m = n, Potenciação = 1= a(m-n) = a0 = 1

3o. Se PotenciaçãoPotenciação = a (m - n)

Exemplos:
a) Potenciação = 26-2 = 24
b) Potenciação = 5x-2
c) Potenciação= 4(x+2)-(x-3) = 45

• P3: Produto de potências de mesmo expoente
Para multiplicarmos potências de mesmo expoente, conservamos o expoente e multiplicamos as bases.
Potenciação

Justificativa
Potenciação
Potenciação
Potenciação
Assim: an · bn = (ab)n.

Exemplos
a) 24 · 84 = (2 · 8)4 = 164
b) x3 · y3 · z3 = (x · y · z)3

• P4: Quociente de potências de mesmo expoente
Para dividirmos potências de mesmo expoente, conservamos o expoente e dividimos as bases.
Potenciação
Justificativa:
Potenciação
potenciacao- Potenciação
Assim:
Potenciação

Exemplos:
a) Potenciação
b) Potenciação

• P5: Potência de uma potência
Para elevarmos uma potência a um novo expoente, conservamos a base e multiplicamos os expoentes.
Potenciação
Justificativa:
Potenciação
Potenciação

Exemplos:
a) (23)2 = 22.2 = 26
b) Potenciação = 32.3.2 = 312

Observação
As propriedades apresentadas podem ser estendidas para os expoentes m e n inteiros.
Exemplos
a) 23 · 2-2 = 23 + (-2) = 21 (P1)
b) Potenciação = 52 - (-3) = 52 + 3 = 55 (P2)
c) 5-3 · 2-3 = (5 · 2)-3 = 10-3 (P3)
d) Potenciação (P4)
e) Potenciação (P5)

Situações Especieais
A. (– a)n  e  –an

As potências (–a)n e –an , em geral, apresentam resultados diferentes, pois:
Potenciação
Potenciação

Exemplos
a) (–2)4 = (–2) · (–2) · (–2) · (–2) = 16
b) –24 = – 2 · 2 · 2 · 2 = –16
c) (–2)3 = (–2) · (–2) · (–2) = –8
d) –23 = – 2 · 2 · 2 = –8

B. Potenciação
As potências Potenciação, em geral, apresentam resultados diferentes, pois:
Potenciação
e
Potenciação

Exemplos
a) Potenciação = (32) · (32) · (32) = 32 · 3 = 36
b) Potenciação = 32 · 2 · 2 = 38
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